segunda-feira, 25 de outubro de 2010

(Des)Ilusão

Amo-te cada dia mais
Quero-te sem conhecer teu rosto
Desejo-te com tamanho gosto
Dos meus pensamentos não sais

Mas onde está tua presença
Senão na tua indiferença?

Que importância faz?
Meu mais puro sentimento
Minhas palavras, meu acalento
Já não te encantam mais

Onde estou eu, no entanto
Senão amargurado em meu próprio pranto?

Eu, que te amo só
Abandonado ao relento
O que sinto jogado ao vento
Como se fosse pó

De que adianta amar-te, oferecer-te o meu carinho
Se insistes em aqui deixar-me a amar sozinho?

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