terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Insônia




Mergulhada na noite, jaz
estampada, com os mais
grosseiros traços,
a imagem feita à semelhança do poeta.

Mas se tanto se assemelha,
o mesmo tanto se difere.

Seria a alma? O desejo?
O que não se pode ser?
Ou o que não se pode dizer?

A resposta, quem sabe,
Transvestida em rabiscos...
Ou no sono que não vem.

Mas se a chamam de arte, talvez alguns;
Outros muitos de porcaria.
Há os que diriam sublimação.
Eu prefiro chamar "Insônia"...