domingo, 11 de julho de 2010

Terrores Noturnos

A lua toca os céus no seu mais alto ponto
A noite invade o quarto
Abrem-se as fendas do mais profundo abismo
Aquele trancado em meu peito
Preenchido pelo vazio
Emergem dele, envoltos em trevas, os demônios
Habitantes dos mais obscuros trechos da minha mente
Sedentos por lágrimas
Famintos pela dor
Indolentes devoram minh'alma
Torturando-me com lembranças do que jamais vivi
Martirizando-me com arrependimentos do que jamais fiz
Deixam pra trás um único sentimento
Solidão
Que prolonga-se, incessantemente, até o amanhecer
Quando o sol faz esboçar um falso sorriso
Que dissimula e ofusca o desespero
Trazido pelo silêncio da noite

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