Quando fui lhe escrever esse poema, ele veio em partes. Fiz a primeira estrofe e lhe faltava a segunda. Fiz a segunda e faltava uma terceira. Fiz a terceira e pensei que lhe faltassem versos, mas enganei-me. Faltava-lhe um título; mas não um título qualquer. Um título que lhe descrevesse cada emoção, cada sentimento; que lhe descrevesse cada verso. Faltava-lhe então não apenas um título, faltava-lhe um coração. CORAÇÃO DE ATICURUMAN.
Deixaste verdes mares bravios
Partiste para as terras d'além mar
Onde, na solidão de solo luso
Vem saudades te encontrar
Carente de nativa terra tua
Frente à fria tela iluminada
Te privas da noite à luz da lua
Onde anseias pela pátria amada
Ainda que dissimules tal infelicidade
A tristeza o teu olhar exalta
A ti mesma tentas convencer, mas não esconde
Em teu coração sobra tanta falta
Uma singela homenagem a uma grande amiga. Uma garota de coração indígena que abandonou nossa pátria e foi aventurar-se pelas terras d'além mar (Portugal).
ResponderExcluirEspero que tenhas gostado, Vanessa. ^^
Edu, amei o poema. Acho incrível como você lida com as palavras. Quando você disse que já tinha um título, fiquei muito curiosa, você me surpreendeu com "Coração de Aticuruman".
ResponderExcluirE saiba que és muito especial.
Obrigado pelo poema e o mais importante pela amizade.
Beijinhos.
(não abandonei a nossa pátria, estou passando um tempo longe).
Eu passei uma boa tarde por aqui (aqui, digo, seu blog). E esse é, definitivamente, um dos posts de que mais gostei. É sincero, e é mais bonito ainda ver que é o sobre uma amiga, uma amizade...
ResponderExcluirNo final eu fico sempre assim, procurando mais uma palavra, porque parece que nunca disse exatamente o que senti ao ler ou exatamente o que o teu texto merece.
Poxa, que bom que você gostou! Também gostei bastante dos textos do seu blog.
ResponderExcluirNossa fiquei sem palavras para responder o seu comentário. ^^