domingo, 20 de março de 2011

Reparação

Como o deleite de um sonho que se realiza
Surgiu da última fagulha da esperança
O reencontro daquela face
Há muito fadada ao destino
De viver somente em lembrança

O pranto se fez riso
Olhos se fizeram cintilar
Um suspiro, um toque, uma lágrima...
Um beijo
Uma nova chance para amar

Traçado um novo destino
Em que o lamento se fez alegria
Reescrito em estrofes e versos
De uma tão bela poesia

Mas quando se fecham as páginas
Extingue-se a felicidade
De figuras, rimas ou métrica
Desveste-se a realidade

Aqueles olhos ainda vazios
Corpos que jamais se tocaram
Separados eternamente
Desde que a morte encontraram